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A origem de bólido que matou dinos


Atividade: 4335 - A origem de bólido que matou dinos
Descrição: Asteroide teria se originado de colisão ocorrida no cinturão de asteroides. Evento, ocorrido há 160 milhões de anos, também seria responsável por cratera lunar.

Os dinossauros foram extintos há 65 milhões de anos, pelo impacto de um asteróide, mas seu destino provavelmente havia sido selado cerca de 100 milhões de anos antes. É o que diz um grupo de cientistas americanos.

Liderados por William Bottke, do Southwest Research Institute, em Boulder, Colorado, os pesquisadores fizeram um grande trabalho de detetive e foram recompensados. Até hoje, ninguém sabia que tipo de objeto havia matado os dinossauros; toda a informação que se tinha é que um bólido gigante tinha aberto uma cratera de mais de 100 km de largura no Golfo do México, 65 milhões de anos atrás -- mesma época em que os dinossauros subitamente desapareceram do registro fóssil.

Confira os níveis de risco de
impacto por um asteróide


Tamanho do bólido Risco anual
Cerca de 500 m 1 em mil
1 km ou maior 1 em 1 milhão
10 km ou maior 1 em 100 milhões

Número de
objetos perigosos
(+1 km) que podem
atingir a Terra

Cerca de 1.100
Bottke e seus colegas agora sabem: com 90% de probabilidade, foi um asteróide (e não um cometa) que bateu na Terra naquele dia. E sua origem também foi apontada: o cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter.

Mas como um objeto daquele tamanho saiu de lá e veio parar aqui? Segundo os cientistas, tudo começou há 160 milhões de anos, quando dois objetos muito maiores (160 km e 70 km) colidiram entre si, lá no cinturão. O resultado da pancada foi a produção de muitos pedacinhos menores, que se espalharam pelo espaço. O maior deles se tornou o asteróide Baptistina, que ainda está lá. Os menores acabaram, muitos deles, sofrendo mudanças em sua trajetória que os trouxeram para perto da órbita da Terra.

O resultado foi uma sessão de pancadaria cósmica. Estudos recentes mostram que os últimos 100 milhões a 200 milhões de anos foram particularmente azarados para os planetas rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), com mais impactos do que o período anterior.

Estima-se que 2% dos pedregulhos gerados no impacto e desviados para a região interna do Sistema Solar tenham colidido com a Terra. Uma quantidade um pouco menor se chocou com a Lua. E, aparentemente, dois pedaços estão relacionados a episódios bem conhecidos.

Um deles, ocorrido na Lua, foi a formação de uma cratera de 85 km de diâmetro. Ao que parece, o surgimento da cratera Tycho (batizada em homenagem ao ao astrônomo dinamarquês Tycho Brahe), há 108 milhões de anos, se deve a um desses restos da trombada no cinturão.

Outro, ainda mais famoso, foi o impacto que marcou o fim do período Cretáceo, encerrando a era dos dinossauros. Também teria sido uma 'sobra' daquela megapancada, 160 milhões de anos atrás, segundo os cálculos da equipe de Bottke, publicados na edição desta semana da revista científica britânica 'Nature'.

A notícia mais sombria, no entanto, talvez seja a de que nem todos os pedaços atirados pela pancada no cinturão já tenham colidido com algum planeta. Ou seja, talvez ainda exista algum desses com o nosso nome nele, à espera de encontrar a Terra.

O único alívio é que um objeto do porte do que matou os dinossauros -- 10 km ou mais -- é relativamente raro nas regiões próximas à Terra, e uma probabilidade de impacto a cada ano é de mais ou menos 1 em 100 milhões.

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Fonte: http://g1.globo.com

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