Atividade: | 7218 - Entenda como funciona a 'pílula do dia seguinte' |
Descrição: | 22% dos ginecologistas desconhecem ação correta da pílula do dia seguinte Pesquisa da Unicamp mostra que muitos médicos têm conceitos errados sobre o método. ma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) mostrou que 22,3% dos ginecologistas consideram que a pílula anticoncepcional de emergência, mais conhecida como “pílula do dia seguinte', provoca um 'microaborto' – conceito que está incorreto, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). A principal função da pílula de emergência é evitar a ovulação da mulher ou impedir que o espermatozoide chegue ao óvulo, evitando a gestação. Segundo a OMS, esse método de contracepção é indicado para mulheres que fizeram sexo sem proteção, tiveram problemas com outros métodos contraceptivos (como se esquecer de tomar a pílula ou ter a camisinha estourada), ou, principalmente, para aquelas que sofreram abuso sexual. Ainda de acordo com o levantamento, 56,9% dos entrevistados dizem que o mecanismo de ação da pílula de emergência é prevenir “a implantação do ovo fertilizado', interrompendo um processo chamado nidação – que é a fixação desse ovo fecundado na parede do útero. Apesar de essa expressiva porcentagem não estar errada, já que esse método de contracepção consegue impedir a nidação, esse não é seu principal mecanismo de ação. Para o biólogo William Alexandre de Oliveira, autor do estudo da Unicamp, esses resultados chamam atenção para um aspecto importante: a percepção de ginecologistas e obstetras sobre a pílula de emergência influencia significativamente na decisão dos médicos de recomendá-la ou não como um método de contracepção e de prevenção à gravidez. Assim, alguns médicos não prescrevem a pílula por desconhecerem seus efeitos. Tanto é que 89,3% dos médicos entrevistados já prescreveram o método pelo menos uma vez durante o tempo de exercício da profissão - o que indica que 10,7% deles nunca sequer recomendaram a pílula, diz Oliveira. - O percentual dos médicos que nunca tinham informado sobre a pílula anticoncepcional de emergência ou prescrito o método foi mais que duas vezes maior entre aqueles que acreditavam que ela provocava um “microaborto” do que entre aqueles que tinham outra percepção sobre seu mecanismo de ação. |
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Fonte: | http://noticias.r7.com |